Na última quinta-feira, dia 12, durante a reinauguração do Armazém da Utopia, no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou um ponto importante sobre o papel do empresariado brasileiro no desenvolvimento da cultura. Em sua fala, o presidente sublinhou a importância de os empresários compreenderem que investir em cultura não é um gasto, mas uma oportunidade estratégica para o crescimento do Brasil.

Embora tenha chamado atenção para a falta de investimentos do setor privado na cultura, Lula levantou uma questão crucial: muitos empresários não entendem que, ao investirem em projetos culturais aprovados por leis de incentivo, como a Lei Rouanet, eles não estão tirando dinheiro do próprio bolso. O que muitos desconhecem é que esse investimento pode ser realizado através de uma destinação de parte dos seus impostos, ou seja, uma alocação de recursos que já seriam pagos ao governo, redirecionados para apoiar iniciativas culturais.

LEI ROUANET: INVESTIR SEM TIRAR DO PRÓPRIO BOLSO

A Lei Rouanet é um dos principais mecanismos de incentivo à cultura no Brasil. No entanto, o que muitos empresários ainda não sabem é que esse tipo de investimento cultural permite a dedução fiscal, ou seja, os valores aplicados em projetos culturais podem ser abatidos dos impostos devidos. Em outras palavras, os empresários não estão tirando dinheiro de seus negócios para apoiar a cultura, mas sim destinando parte do que já seria pago em tributos.

Além de contribuir para o crescimento do setor cultural, investir em projetos culturais traz benefícios diretos para a imagem da empresa. Quando uma marca se associa a iniciativas culturais, ela ganha visibilidade e prestígio ao ser vista como uma patrocinadora de projetos que enriquecem a cultura nacional. Isso fortalece a identidade da empresa e gera uma conexão positiva com o público.

OPORTUNIDADE DE VISIBILIDADE E VALORIZAÇÃO DA MARCA

Ao investir em cultura, os empresários também abrem portas para oportunidades de mídia e exposição. Projetos culturais costumam contar com um público diversificado e amplo, e o apoio empresarial é sempre destacado em peças publicitárias, eventos e comunicações institucionais. Isso proporciona um retorno significativo em termos de marketing e reconhecimento da marca.

O presidente Lula salientou que a ausência de apoio do setor privado impede o florescimento de novos talentos, uma vez que muitos artistas emergentes, embora aprovados em leis de incentivo como a Lei Rouanet, não recebem o financiamento necessário para dar vida a seus projetos. Conhecer e investir nesses projetos é fundamental para que novos nomes surjam e contribuam para a diversidade e inovação no cenário cultural brasileiro.

INVESTIR EM CULTURA: UM BENEFÍCIO PARA TODAS AS PARTES

O entendimento de que o investimento em cultura não representa um gasto direto, mas uma destinação inteligente de recursos fiscais, é essencial para que o empresariado brasileiro passe a enxergar o setor cultural como um grande potencial de crescimento. Além de apoiar a classe artística, os empresários têm a oportunidade de associar suas marcas a projetos que transformam a vida das pessoas e enriquecem o patrimônio cultural do país.

De acordo com o Dr. Eduardo Garcia Campos, especialista em DIREITO EMPRESARIAL E DOS NEGÓCIOS e DIREITO MÉDICO, essa é uma oportunidade que não pode ser ignorada. “Quando o empresário compreende que não está gastando, mas sim investindo em algo que beneficia a cultura e traz visibilidade para sua marca, ele percebe que essa é uma relação vantajosa para todas as partes”, ressalta o especialista.

CONHEÇA, APOIE E CRESÇA

Investir em cultura é mais do que apoiar artistas; é uma forma de contribuir para o desenvolvimento social do país, ao mesmo tempo em que se cria uma conexão com o público e se fortalece a marca. Os empresários precisam conhecer os projetos que estão à disposição para receber patrocínio e entender os benefícios fiscais e mercadológicos dessa prática. A cultura, afinal, é uma das maiores ferramentas para a transformação social, e quem investe nela colhe resultados tanto para a sociedade quanto para os negócios.

Não se trata apenas de apoiar um artista ou um projeto específico, mas de fomentar um ciclo de inovação, inclusão e desenvolvimento. Ao se aproximar do setor cultural, os empresários não apenas participam do crescimento do país, mas também se destacam em um mercado cada vez mais atento às marcas que demonstram responsabilidade social e compromisso com o bem-estar coletivo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *