Por Redação RGC News – Vaticano, 21 de abril de 2025

O Vaticano confirmou, neste sábado, a morte do Papa Francisco, aos 88 anos. A causa não foi divulgada. O pontífice argentino, nascido Jorge Mario Bergoglio, marcou a história da Igreja ao se tornar, em 2013, o primeiro Papa latino-americano. Seu legado ficará eternizado como o de um líder espiritual que uniu a fé à luta pelos mais esquecidos e vulneráveis da sociedade.

Em sua última aparição pública, durante a tradicional mensagem de Páscoa “Urbi et Orbi”, Francisco reafirmou os pilares de sua missão: paz, compaixão e dignidade humana.

PAPA FRANCISCO DEFENDE A PAZ, DENUNCIA VIOLÊNCIA E PROPÕE UM MUNDO SEM ARMAS EM MENSAGEM URBI ET ORBI 2025

Na tradicional mensagem de Páscoa, o Papa Francisco emocionou fiéis do mundo inteiro com um apelo profundo pela paz, pela justiça e pela solidariedade. Aos 88 anos, o pontífice reafirmou seu papel como líder espiritual universal ao abordar, com firmeza e compaixão, os conflitos armados, as crises humanitárias e as violações de direitos humanos em diversas regiões do planeta.

A RESSURREIÇÃO COMO FUNDAMENTO DA ESPERANÇA

Logo no início da mensagem, Francisco proclama: “Cristo ressuscitou! Aleluia!”. Para ele, a Páscoa representa a vitória do amor sobre o ódio e da luz sobre as trevas. O Papa exorta a humanidade a não perder a esperança diante das angústias e dores, afirmando que “o mal já não tem poder sobre quem acolhe a graça deste dia”.

CONFLITOS ARMADOS E A DOR DOS POVOS

A mensagem percorreu com sensibilidade os principais pontos de tensão geopolítica:

Na Ucrânia, o Papa pediu que a paz seja construída com justiça e durabilidade.

No Oriente Médio, mencionou a dor dos cristãos em Israel, Palestina e Gaza, e apelou por um cessar-fogo imediato e pela libertação dos reféns.

Destacou também a tragédia dos povos do Sudão, Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Iémen, Síria, Líbano e Myanmar — este último devastado por um terremoto e um conflito armado prolongado.

LIBERDADE RELIGIOSA, DESARMAMENTO E RESPEITO HUMANO

Francisco reafirmou que “não é possível haver paz onde não há liberdade religiosa, de pensamento e de expressão”. Além disso, criticou fortemente a corrida armamentista, declarando que “não se constrói paz com armas, mas com iniciativas que combatam a fome e promovam o desenvolvimento”. O pontífice também condenou os ataques contra civis, escolas e hospitais, defendendo o valor da dignidade humana acima de qualquer interesse político.

SOLIDARIEDADE E ACOLHIMENTO

O Papa convidou o mundo a voltar a confiar no próximo, mesmo naqueles que vêm de longe ou com costumes diferentes, defendendo um olhar cristão e fraterno sobre os migrantes e os marginalizados.

UM MUNDO SEM EXCLUÍDOS

Francisco condenou práticas de descarte social, seja contra o idoso, o doente ou a criança no ventre da mãe. Para ele, a vida é sempre um dom e deve ser protegida desde a concepção até a morte natural.

UM CLAMOR DE ESPERANÇA EM TEMPOS SOMBRIOS

Em tom poético e carregado de simbolismo pascal, Francisco encerrou sua fala exortando os líderes mundiais a abandonarem o medo e investirem nos verdadeiros instrumentos da paz: compaixão, justiça e desenvolvimento humano integral.

“Entreguemo-nos a Ele, o único que pode renovar todas as coisas”, concluiu.

UMA DESPEDIDA COM AURÉOLA DE LUZ

Francisco parte deixando um testemunho único: o de um Papa que caminhou com os migrantes, chorou pelas guerras, denunciou a fome e abraçou as minorias. Foi o pontífice da compaixão, da escuta, da esperança — sobretudo dos excluídos de todas as ordens: sociais, econômicos, raciais, espirituais ou existenciais.

Seu legado não se limita aos marcos da Igreja. Ele será lembrado como um farol de humanidade para o século XXI.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *